quarta-feira, 27 de julho de 2011

Maringá terá a primeira edição do Festival Comida de Butiquim

"Maringá não tem mar: tem bar", definiu, bem humorado, Wilson Teixeira, gerente de marketing do grupo O Diário, em encontro com proprietários de bares e restaurantes na última quinta-feira na Casa de Bamba.

Em parceria com o Convention & Visitors Bureau, Faculdade Cidade Verde, Senac, MLG Comunicação e Eventos, o grupo O Diário está promovendo a primeira edição do Festival Comida de Butiquim. A competição vai ocorrer entre os dias 1 a 20 de novembro e vai contar com sessenta estabelecimentos selecionados pela comissão organizadora, entre bares, restaurantes e petiscarias.

Serão três categorias: melhor prato, melhor petisco e melhor lanche. Os três primeiros colocados, de cada modalidade serão contemplados com um troféu. "A ideia do Festival é, com o tempo, virar uma tradição. Maringá não é uma cidade litorânea, não tem montanhas. Os nossos bares são nossas atrações turísticas", diz Teixeira.

As cidades que já investiram nesse tipo de concurso tiveram resultados positivos. "Quando o festival chega em cidades do interior, dá muito certo. Os bares ganham fluxo de pessoas e ganham um incentivo à criatividade. É uma competição saudável: ganham o bar, a cidade e o consumidor, que pode experimentar coisas novas", diz.

Jurados
O time de jurados, selecionados pelos organizadores do evento, será composto por chefes de cozinha e pessoas da comunidade. O Senac vai preparar os jurados para que eles possam julgar, com conhecimento, itens como "higiene, atendimento e apetecibilidade do prato e temperatura da bebida", adianta a nutricionista do Senac, Angélica Rodrigues.

Aos funcionários dos bares participantes, o Senac vai oferecer, gratuitamente, dois cursos: "Boas Práticas na Manipulação dos Alimentos" e "Atendimento para Garçom".

Estratégias publicitárias pretendem provocar pessoas que não são de Maringá para participar do Festival. "Queremos pegar as pessoas na rodoviária, aeroportos e despertar a curiosidade delas para fazerem o roteiro gastronômico", comenta Teixeira.

"Queremos mostrar as opções gastronômicas que Maringá oferece. Vamos divulgar a nossa gastronomia e estimular os donos de bares, restaurantes e petiscarias para que eles se aprimorem cada vez mais. É um festival que visa qualificação e integração", resume Iara Linschoten, diretora do Convention & Visitors Bureau.

Aos jovens talentos da cozinha, o Comida de Butiquim é a chance de pôr em prática todo o seu talento. Quem sabe, com sabores inusitados e acepipes inovadores, não há uma chance para fazer história na gastronomia da cidade?

"O Festival é muito bom para os talentos locais. Com o tempo, será mais um diferencial da cidade. É um festival que vai movimentar a economia e colocar a cidade num circuito nacional de culinária", comenta Linschoten.

Minas
Em território mineiro, não é exagero dizer que o festival, intitulado Comida di Buteco, revolucionou a gastronomia local. Tudo começou em 1999, em Belo Horizonte, com a iniciativa do apresentador de rádio Eduardo Maia, responsável por um programa de culinária. Na primeira edição, em 2000, concorreram uma dezena de botecos. Com sucesso de crítica e público, o festival se transformou numa referência nacional, entrando no conceituado Guia 4 Rodas, publicado pela editora Abril.

Hoje, o festival é realizado em onze cidades. Na capital mineira, o público chega a 800 mil participantes e ganhou destaque em jornais internacionais, como o norte-americano New York Times e o argentino La Nacion. A receita para o sucesso do festival maringaense é infalível. Que venham para mesa, então, as receitas dos nossos botecos .

Para provar


Festival Comida de Butiquim: 60 bares, restaurantes e petiscarias apresentam receitas no período de 1 a 20 de novembro. O preço varia de acordo com o estabelecimento

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